Aulas

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Principais unidades do relevo do Brasil

Unidade do relevo: 

Ao longo dos séculos o relevo brasileiro já recebeu várias subdivisões, porém existem tres mais importantes as quais vamos estudar conhecer.
 
A primeira delas foi elaborada pelo professor Aroldo de Azevedo em 1940, que dividiu o território brasileiro em 8 unidades de relevo: 4 planatos e 4 planícies. Veja o mapa abaixo: 



Ná década de 60, essa divisão foi reelaborada pelo professor Aziz Ab’Saber, assim o território brasileiro ficou dividido em 10 unidades de relevo: 7 planaltos e 3 planícies. Veja o mapa abaixo:



A subdivisão mais atual do nosso relevo foi apresentada pelo professor Jurandyr Ross na década de 90, que se fundamentou num levantamento detalhado do território brasileiro realizado pelo projeto Radambrasil, que contava com um sistema de radares capazes de obter imagens detalhadas do relevo brasileiro. Assim, Ross fragmentou o terriório brasileiro em 28 unidades de relevo: 11 planaltos, 11 depressões e 6 planícies. Veja o mapa abaixo:



Veja abaixo as características dessas unidades de relevo: 

Planaltos 

Planalto da Amazônia Oriental 

Planalto sedimentar que se estende de Manaus até o oceano Atlântico e constitui os limites norte e sul da Bacia Amazônica. Apresenta topos arredondados, onde se encontram alguns morros residuais de topo plano. Em seu limite norte, o relevo é escarpado e definido por uma frente de cuesta. Esse planalto tem uma altitude média de 400 metros e é recoberto por mata densa, onde se desenvolvem a seringueira e o cacaueiro. 

Planaltos e Chapadas da Bacia do Parnaíba 

São formados por terrenos de uma bacia sedimentar, ocupando um vasto território que se estende do Maranhão até Brasília. As formas chapadas são predominantes neste tipo de planalto. 

Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná 

São dominados pela presença de terrenos sedimentares com formação arenítico-basálticas. Estendem-se de Goiáis até o Rio Grande do Sul, abrangendo a faixa ocidental dessa região. Suas altitudes atingem cerca de 1.000 m. 


Planalto de Borborema 

São terrenos de formação pré-cambriana localizados no leste de Pernambuco, apresentando um grande núcleo cristalino isolado. Sua altitudes atingem cerca de 1.000m. 
Depressões 

Depressão da Amazônia Ocidental 

Limita-se com as depressões Norte-Amazônica e Sul-Amazônica, sendo cortada, como o Planalto da Amazônia Oriental, pela Planície do Rio Amazonas. Possui terrenos baixos, com altitudes inferiores a 200 metros, com topos planos sustentados principalmente por rochas sedimentares. 

Depressão Marginal Norte-Amazônica 

Está localizada entre os Planaltos Residuais Norte-Amazônicos, ao norte, e a Depressão da Amazônia Ocidental e o Planalto da Amazônia Oriental, ao sul. Sua altitude oscila entre 200 e 300 metros; no limite norte, apresenta escarpas e, ao sul, frentes de cuesta. 

Depressão do Araguaia-Tocantins 

Localiza-se na região central do Brasil, acompanhando o rio Araguaia. Suas formas de relevo são quase planas e de baixas altitudes que não passam de 350m. 

Depressão Sertaneja e do São Francisco 

É considerada uma das mais longas depressões, estendendo-se do litoral do Nordeste setentrional até o interior de Minas Gerais, acompanhando quase todo rio São Francisco. Suas formas e estruturas geológicas são variadas, com predominio de terrenos sedimentares e cristalinos, podemos destacar o norte da Serra do Espinhaço (Chapada Diamantina) ou Chapada das Mangabeiras. 


Chapada Diamantina

Planícies 

Planície do Rio Amazonas 

Corresponde a uma faixa que acompanha as margens do Rio Amazonas e de alguns de seus afluentes. Está delimitada por terrenos do Planalto da Amazônia Oriental, a leste, e da depressão da Amazônia Ocidental, a oeste; sua área mais ampla situa-se na ilha de Marajó. 

Sua superfície está coberta por uma mata densa e por áreas alagadas. Nesses trechos inundados, desenvolve-se a mata de igapó, que estudaremos adiante. 

Planície do Rio Araguaia 

Estende-se pelas regiões Norte e Centro-Oeste. É uma região plana, com altitudes de até 200 metros, constituída por sedimentos recentes. A vegetação predominante é de cerrados abertos e campos limpos. 
Planície e Pantanal do Rio Paraguai ou Mato-Grossense 

É uma área que ocupa a parte mais ocidental do Brasil Central, estendendo-se também pela Bolívia e Paraguai. Suas altitudes não ultrapassam os 100m acima do nível do mar. É caracterizada pela doposição sedimentar recente, no verão-outono o rio causa inundações e esse alagamento origina as “bacias” ou toponímia local. 



Baías do Pantanal Mato-Grossense

Planícies das Lagoas dos Patos e Mirim 

Sua formação é digna das correntes marinhas que depositam sedimentos em quase todo o litoral gaúcho, estendendo-se também para o Uruguai.


sexta-feira, 22 de julho de 2011

O Relevo Brasileiro

Introdução 

O território brasileiro pode ser dividido em grandes unidades e classificado a partir de diversos critérios. Uma das primeiras classificações do relevo brasileiro, identificou oito unidades e foi elaborada na década de 1940 pelo geógrafo Aroldo de Azevedo. No ano de 1958,  essa classificação tradicional foi substituída pela tipologia do geógrafo Aziz Ab´Sáber, que acrescentou duas novas unidades de relevo.

Classificações de relevo 

Uma das classificações mais atuais é do ano de 1995, de autoria do geógrafo e pesquisador Jurandyr Ross, do Departamento de Geografia da USP (Universidade de São Paulo). Seu estudo fundamenta-se no grande projeto Radambrasil, um levantamento feito entre os anos de 1970 e 1985. O Radambrasil tirou diversas fotos da superfície do território brasileiro, através de um sofisticado radar acoplado em um avião. Jurandyr Ross estabelece 28 unidades de relevo, que podem ser divididas em planaltos, planícies e depressões.


Características do relevo brasileiro 

O relevo do Brasil tem formação muito antiga e resulta principalmente de atividades internas do planeta Terra e de vários ciclos climáticos. A erosão, por exemplo, foi provocada pela mudança constante de climas úmido, quente, semi-árido e árido. Outros fenômenos da natureza (ventos e chuvas) também contribuíram no processo de erosão.

O relevo brasileiro apresenta-se em : 

Planaltos –  superfícies com elevação e aplainadas , marcadas por escarpas onde o processo de desgaste é superior ao de acúmulo de sedimentos.

Planícies –  superfícies relativamente planas , onde o processo de deposição de sedimentos é superior ao de desgaste.

Depressão Absoluta - região que fica abaixo do nível do mar. 

Depressão Relativa – fica acima do nível do mar . A periférica paulista, por exemplo, é uma depressão relativa.

Montanhas –  elevações naturais do relevo, podendo ter várias origens , como falhas ou dobras.